No livro “Inovação é o novo marketing”, abro a discussão de que, apesar de milhões de torcedores, nenhum clube do país hoje pode dizer ter 1 milhão de fãs. Nem mesmo as maiores torcidas. Para começar é preciso entender a diferença entre as duas condições. Nas lives que fiz em julho no Youtube e Linkedin, esse tema apareceu bastante.
Torcedor é quem torce, fã é quem consome e gera relacionamento. O fã precisa ser conhecido pelo clube. O torcedor não será, ainda que mantenha-se importante, conduzindo sua paixão por aí.
O consumo é a ponta final e o relacionamento é o meio. Um sem o outro vale pouco. Para começar a a procurar 1 milhão de fãs, entre as maiores torcidas, o clube deve preparar-se para coletar dados em todas as pontas possíveis. É bem verdade também que quanto mais dado a gente pede pro consumidor, menos ele converte vendas. Ceder os dados ainda assusta. Ainda mais nos dias de hoje, a discussão ganhou novos contornos importantes graças a filmes como Dilema Social. Então, é vital começar com pouco, mas com o essencial: nome, cpf, telefone e e-mail.
A partir destes registros, que são os mais consagrados no hábito de cessão do dia a dia, é possível começar a gerar os chamados “leads”, que são esse bloquinho de dados sobre uma mesma pessoa e que poderá ser comparado numa ação futura em que o mesmo consumidor volte a se engajar. Ao saber que determinada pessoa participou da ação “A “ e depois da ação “B”, passo a passo, é possível começar a se construir o perfil de cada um desses leads e entender quais são as atividades que geram mais resposta.
Para começar, então, a primeira coisa a se fazer é criar a mentalidade dos dados. Inserir em todas as ações a captura de leads como parte do processo. Pode se iniciar com atividades bem simples e triviais, mas a partir disso, os fãs começaram a aparecer. E isso será um grande ativo para ações comerciais futuras.
Parabéns pela abordagem.
Escrevo e estudo o assunto há muitos anos.